JURAMENTO DO ADMINISTRADOR!!

"Prometo DIGNIFICAR minha profissão, consciente de minhas responsabilidades legais, observar o código de ética, objetivando o aperfeiçoamento da ciência da administração, o desenvolvimento das instituições e a grandeza do homem e da pátria".



sexta-feira, 17 de junho de 2011

Seleção – um momento de escolha

A vida já me ensinou: não agradamos a todos. Mas com certeza,
temos aqueles a quem interessamos, assim como também temos nossas
empatias e identificações para com os outros. Em processo de
seleção não é diferente.
Buscamos um lugar com o qual nos identificamos, podemos contribuir, nos
relacionar, produzir, realizar, crescer, obter reconhecimento e
recompensas. Passamos uma boa parte do nosso tempo no local e na
ocupação escolhidos para trabalhar.
O interessante é que não de forma incomum nos equivocamos no
momento dessa escolha. Consideramos que esse processo é unilateral
e/ou que se baseia apenas no que temos - conhecimentos, experiência,
vivência, certificados, cursos... e não no que somos - o que
gostamos, desejamos, nossas metas, nossa história, quem somos
nós...
Na ânsia de não "perder", nos esforçamos para
mostrarmos o que julgamos que o outro quer ver, e nos comportamos mais
para sermos aceitos, do que mostramos quem de verdade somos. A escolha
então parece ter sido certa, para ambas as partes, até o momento
em que ambos começam a se revelar.
Pesquisas antigas já mostram que as pessoas são contratadas por
suas competências técnicas, e que deixam as empresas pelas
competências comportamentais. Quais são, então, as que
mantém os colaboradores nas organizações?
Michael Kepp, jornalista americano, colunista no Jornal Folha de São
Paulo, escreveu em sua coluna do dia 07/12/10, no caderno Equilíbrio:
"Basta tirar os sapatos".
Muito interessante. Fala de relacionamentos e suas vulnerabilidades.
Transcrevo um trecho, a partir do qual, podemos refletir: "Gente
interessante não é um clube exclusivo. Qualquer um pode entrar,
porque todos são interessantes para alguém. O grau de interesse
depende do que a pessoa revela de si, e não do quanto ela se mostra.
Não precisa fazer um "striptease", basta tirar os sapatos e
esperar os resultados"....
É isso! Somos todos interessantes para algum lugar, para algum
trabalho!
Não estaremos bem em todos eles, assim como haverá aqueles
parecendo terem sido feitos para nós. Como encontrá-los?
Precisamos ver e ser vistos. Precisamos reconhecer e sermos
reconhecidos.
Para isso, temos que nos mostrar, que nos "revelar", na
linguagem do Michael Kepp.
Não é possível que nos reconheçam, se não nos expusermos.
Assim também, não poderemos reconhecer o que não foi mostrado.
A seleção de pessoas em uma Organização é um processo de
escolha, e dos dois lados. O importante, então, é que cada um se
mostre e permita que o outro o faça também. A questão é
"quem tira os sapatos primeiro"....
Pode ser que a pessoa ..."nunca tire os sapatos e só revele que
prefere se esconder. Mas quem não corre o risco de se expor,
também paga um preço. Afinal, uma pérola só tem valor fora
da ostra" . Assim é o final da coluna do Michael Kepp, que
colabora com meu pensamento sobre o processo de seleção.
Penso que todos somos pérolas, mas precisamos encontrar quem nos
reconheça!

Por: Luciana Figueiredo